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Parceria estratégica por desenvolvimento e nova ordem mundial

O chanceler da China, Wang Yi, esteve na América Latina e Caribe nos últimos dias, e o Brasil prepara-se para receber também o presidente...

O chanceler da China, Wang Yi, esteve na América Latina e Caribe nos últimos dias, e o Brasil prepara-se para receber também o presidente Xi Jinping, em julho, quando será realizada a Cúpula dos países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A visita representa o empenho ativo pela consolidação de um sistema internacional alternativo, em que os países latino-americanos e caribenhos desvencilham-se da influência dos Estados Unidos e da Europa, e em que os países do Brics assumem a dianteira nos esforços pela construção de uma nova ordem.

Não é apenas retórica a ênfase nas “relações mutuamente benéficas”, na cooperação e no aprofundamento da amizade entre a China e os países da Nossa América. Esta alternativa multidimensional, que aporta saídas estratégicas necessárias, tanto economicamente quanto em termos geopolíticos, precisa ser analisada sob esta ótica. É urgente e viável a mudança na correlação de forças no mundo, a instauração do multilateralismo e a construção de relações mutuamente vantajosas, de respeito às soberanias nacionais e de contribuições concretas para o desenvolvimento dos países.





Além disso, instituições financeiras de prognósticos catastróficos e agendas políticas específicas teimam na “análise” da desaceleração do crescimento nos chamados países emergentes. Em reunião na sexta-feira (25), o chanceler chinês, Wang Yi, e o brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, voltaram a rechaçar essas previsões de arrefecimento, uma vez que os países do Sul têm dinâmicas de crescimento muito diferentes dos países ditos desenvolvidos, usuais promotores daquelas análises.

Wang esteve em quatro países latino-americanos e caribenhos (Cuba, Venezuela, Argentina e Brasil), onde reiterou o interesse da China em aprofundar a cooperação em setores estratégicos e concretos, como os expressivos investimentos previstos pelos chineses na infraestrutura regional, inclusive a brasileira. A China considera estas relações centrais em sua agenda diplomática, uma vez que o país e a região latino-americana são, de acordo com Wang, altamente complementares para o desenvolvimento comum.

Em Havana, o chanceler chinês já havia ressaltado os laços “fraternos” entre a China e Cuba e os planos concretos de aprofundamento das relações estratégicas e de amizade, assim como com a Venezuela, Argentina e Brasil. Neste sentido, líderes regionais têm reiterado o comunicado emitido após a cúpula dos chefes de Estado e governo da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), na qual ficou decidido o apoio à criação de um foro de cooperação com a China, cuja primeira reunião ministerial deve ocorrer ainda neste ano.

No caso do Brics, o novo banco para o fomento do desenvolvimento anunciado pelo grupo pode ser formalizado em julho, durante a cúpula a ser realizada em Fortaleza. Sua relevância é outro ponto estratégico na construção de alternativas avançadas pelo grupo, que continua sendo um dos principais motores de crescimento da economia mundial.

Neste sentido, as relações entre a China e o Brasil têm uma significação ampla devido à posição de ambos como importantes atores entre as economias emergentes. São os dois maiores países em vias de desenvolvimento nos seus respectivos hemisférios, cujas relações vão além do âmbito tradicional dos laços bilaterais, com uma forte expressão estratégica. Os diálogos impulsionados a nível ministerial, na semana passada, têm como objetivo consolidar a confiança e a cooperação em todos os níveis, inclusive no fortalecimento dos respectivos papéis a nível regional e internacional.

A cooperação estratégica entre o Brasil e a China enquadra-se na análise sobre as chamadas relações Sul-Sul, que constituem alternativas de fortalecimento dos países frente à ordem internacional gerida por potências de ação unilateral, como os Estados Unidos. A consolidação deste foro e a sua expressão como via alternativa às hegemonias tradicionais – não necessariamente de viés antagônico – é um passo importante na construção de uma nova ordem, focada no multilateralismo, nas relações equilibradas de cooperação e de respeito às soberanias nacionais, na busca pelo desenvolvimento e pela paz. 


fonte:http://www.vermelho.org.br/es/editorial.php?id_editorial=1352&id_secao=16

Um comentário

  1. Se os EUA, Canada, Australia, Nova Zelandia, Europa Ocidental e demais paises alinhados representam a Nova Ordem Mundial lar do futuro 666 e China, Russia, Coréia do Norte, Cuba, Bolivia,Argentina, Brasil, outros paises da América do Sul e Central e demais paises alinhados a estes, sinceramente não sei para onde correr. Se ficar o bicho pega, se correr o bicho come!!!!

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